Descrença na recuperação do Rio Tiête
Durante 16 anos, o Grupo Nascente do Tietê brigou pela preservação da rio em Salesópolis. A conquista veio só em 1996 com a construção do Parque Nascentes do Tietê, com o objetivo de garantir a saúde do manancial.
Um dos integrantes do grupo é o engenheiro mecânico Helder Wuo, de 59 anos. Ele conta que no decorrer da militância, acreditava que um dia o Tietê seria como o Rio Sena, de Paris, que foi totalmente recuperado. Mas, neste Dia do Rio Tietê, ele não vê mais futuro ao rio. "Precisa de interesse do poder público, e isso a gente realmente não tem", enfatiza.
Ele avalia que muito se evoluiu na despoluição do rio quando os órgãos ambientais reforçaram a fiscalização e autuação de empresas privadas, como as indústrias, mas que emperrou quando entrou na fase de fiscalizar o funcionamento das estatais, como a Sabesp.
"Ocorre uma combinação de fatores que não me levam mais a acreditar que verei o Tietê despoluído um dia. Sigo fazendo a minha parte, que hoje é para a moradia sustentável de quem mora no entorno do rio, mas não vejo evolução em questões como o tratamento de esgoto, por exemplo", pontua Helder.
Sobre a reclamação, O Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) informou que está realizando o desassoreamento do Rio Tietê, na região do Alto Tietê, no trecho entre o córrego Três Pontes, no limite de São Paulo com Itaquaquecetuba, e o córrego Ipiranga, em Mogi das Cruzes, numa extensão de 44,2 quilômetros.
O Daee esclareceu que atua especificamente na limpeza das margens e no desassoreamento do álveo do curso d`água propriamente dito, com principal objetivo de retirada de sedimentos (como areia, argila e materiais não inertes) e lixo depositados no fundo do canal com objetivo de melhorar as condições de escoamento e diminuir a probabilidade de ocorrências de inundações nos eventos chuvosos de maior magnitude.
Parte do material retirado no processo de desassoreamento contém detritos e lixo urbano (doméstico e às vezes até industrial, como pneus) e esse montante representa em média 4% do material removido.
Fonte retirada do caso Rio Tiête: http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2018/09/22/rio-tie...
Fonte da imagem: http://www.socialistamorena.com.br/rio-tiete-limpo-e-navegavel-segundo-a...