Crescimento desordenado contribuiu para poluição
A presidente da Ong Biobrás, Nadja Soares, avalia que hoje um dos principais problemas do Rio Tietê é o esgoto doméstico não tratado. Ela conta que embora tenha havido ações neste sentido, ainda há muito o que se fazer. “A gente tem uma biodiversidade aquática muito rica até Biritiba Mirim, mas que deixa de existir quando chega em Itaquaquecetuba. Dali em diante a situação se agrava e a gente encontra só algumas espécies de aves, pouquíssimos peixes e capirava, que se tornou um cão vira lata”, pontua.
A bióloga destaca ainda que o problema também é reflexo do crescimento desordenado das cidades, em que construções irregulares atingem a mata ciliar do rio e ainda não contam com estrutura para tratar todo o esgoto. “Nós tivemos asfalto em grande parte da cidade, isso faz com que toda a água que cai no chão leve a sujeira para dentro do rio sem nenhuma filtragem. Todo o lixo vai para o rio e forma uma poluição visível”, conta. Nadia enfatiza ainda que a única comemoração para 22 de setembro é realmente porque existe, hoje, um dia para repensar a situação do rio Tietê.
Recorte do caso e fonte da imagem: https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2018/09/22/rio-ti...