3.4 Equação de Drake
A Equação de Drake é um argumento probabilístico usado para estimar o número de civilizações extraterrestres ativas em nossa galáxia Via Láctea com as quais poderíamos ter chances de estabelecer comunicação.
Foi formulada por Frank Drake em 1961, não com o propósito de fornecer uma estimativa do número de civilizações, mas sim como um modo de estimular um diálogo científico no primeiro encontro SETI (sigla em inglês para Search for Extra Terrestrial Intelligence, que significa Busca por Inteligência Extraterrestre), em Green Bank, Virgínia.
A equação resume os principais conceitos que os cientistas devem contemplar quando consideram a probabilidade de outras formas de vida serem capazes de fazer comunicação via ondas de rádio. A Equação de Drake provou ser controversa, já que vários de seus fatores são desconhecidos, além da vasta gama de valores abrangidos. Isso levou críticos a rotularem a equação como um palpite, ou até mesmo inexpressiva.
N = R*. fp . ne . fl . fi . fc . L
Onde:
N é o número de civilizações extraterrestres em nossa galáxia com as quais poderíamos ter chances de estabelecer comunicação.
R* é a taxa de formação de estrelas em nossa galáxia.
fp é a fração de tais estrelas que possuem planetras em órbita.
ne é o número médio de planetas que potencialmente permitem o desenvolvimento de vida por estrela que tem planetas.
fl é a fração dos planetas com potencial para vida que realmente desenvolvem vida.
fi é a fração dos planetas que desenvolvem vida inteligente.
fc é a fração dos planetas que desenvolvem vida inteligente e que têm o desejo e os meios necessários para estabelecer comunicação.
L é o tempo esperado de vida de tal civilização.
Inserindo os menores valores acima na equação, obtemos um resultado de N= 20. Já inserindo os maiores resultados obtemos o valor máximo de N= 50.000.000. Drake afirma que, dadas as incertezas, a reunião original concluiu que N≈L, e provavelmente havia entre 1.000 e 100.000.000 de civilizações na galáxia Via Láctea.
Referências
FRIAÇA, A. C. S. Subjetividade no reconhecimento da vida no universo. Revista Brasileira de Psicanálise, v. 44, n. 3, p. 93-101, 2010.