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3.3 O paradoxo de Fermi

O paradoxo de Fermi diz respeito a uma indagação feita pelo físico italiano Enrico Fermi (1901-1954), no ano de 1950. O paradoxo trata da discrepância entre a grande probabilidade de existir vida em outros planetas (em virtude do enorme número de planetas no Universo) e o fato de que jamais fomos capazes de detectar qualquer sinal de vida fora da Terra.

O paradoxo de Fermi surgiu quando Enrico Fermi e outros cientistas debatiam à mesa sobre a possibilidade de existir vida fora da Terra, então Fermi perguntou: onde está todo mundo? Se levarmos em conta que, somente em nossa galáxia, há bilhões de outros sóis e que, no Universo, existem bilhões de galáxias, a possibilidade de que exista vida em outros planetas é estatisticamente alta.

Fermi, ainda, foi um pouco além do raciocínio que envolvia o grande número de estrelas no Universo. Também sugeriu que, se alguma civilização alienígena fosse capaz de viajar com suas espaçonaves a 1% da velocidade da luz, nossa galáxia, que tem cerca de 100.000 anos-luz de diâmetro, já poderia ter sido colonizada pelo menos mil vezes. Sendo assim, por que nunca ouvimos falar de civilizações alienígenas?

Ao longo dos anos posteriores ao paradoxo de Fermi, muitos cientistas debateram sobre a possibilidade de existir vida fora da Terra. Dentre eles, destacou-se o físico Frank Drake. Drake elaborou uma equação cujo intuito era estimar o número de civilizações alienígenas existentes em nossa galáxia. Para tanto, utilizou uma série de condições e dados astronômicos, entretanto, sabe-se que a equação apresentava problemas, como a arbitrariedade em alguns de seus fatores bem como a suposição de informações que desconhecemos.

Referências

FRIAÇA, A. C. S. Subjetividade no reconhecimento da vida no universo. Revista Brasileira de Psicanálise, v. 44, n. 3, p. 93-101, 2010.