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Semáforos e formação de filas

“A proposta era elaborar um mecanismo para analisar os semáforos e a formação de filas, assim como a velocidade média de tráfego em cada rua. Nós fornecemos a geolocalização de cada uma das sinaleiras e eles construíram esse mapa em cima dessa base. Hoje conseguimos ver a formação das filas em cada sinaleira e modificar os tempos de verde com base nessas informações precisas”, destaca o gerente de inovação da Empresa Pública de Trânsito e Circulação (EPTC), Augusto Langer. 

As parcerias firmadas pela gestão pública com as gigantes de tecnologia não têm custo. Além disso, as companhias se comprometem em não expor qualquer tipo de dado. “Particularmente não tenho preocupação nenhuma já que disponibilizamos informações públicas do setor de eventos. Quanto à parceria com a 99, a única coisa que a companhia recebeu foi a geolocalização das sinaleiras. Não há dados críticos ou sensíveis que a gente esteja disponibilizando”, ressaltou Langer.

Apesar das gigantes de tecnologia propagarem a gratuidade dos serviços, as críticas são de que nenhuma tecnologia é exatamente neutra. O coordenador do curso de comunicação digital da Unisinos, Daniel Bittencourt, que estuda apps de mapas sociais, destacou que as pessoas têm pouca criticidade quando se trata desse tipo de serviço. 

“A questão não é discutir se o lema deles é legal ou não. O fato é que a Waze, por exemplo, é uma empresa privada pertencente à maior holding de empresas digitais do mundo, a Google. E essa companhia tem seus interesses econômicos muito bem definidos”, ressaltou. Bittencourt salientou ainda um caso relacionado ao armazenamento de dados. “Criticou-se muito quando o Serasa, que é uma empresa que cobra devedores fez cadastro biométrico dos devedores, mas quando o assunto é gigantes da tecnologia o senso crítico é muito menor”.

https://www.correiodopovo.com.br/especial/como-waze-e-outros-apps-mudam-a-relação-com-o-trânsito-1.374760

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