Contexto
Na idade média, era comum a fabricação do vinho nos mosteiros, e os monges procuraram aperfeiçoar todo o processo químico da fermentação. Há 10 mil anos, os povos egípcios, germânicos e israelitas já conheciam o processo de fermentação, e, de acordo com as evidências históricas, a principal aplicação deste processo é a produção de vinho. Esta era uma bebida cobiçada e venerada pelos povos da época, tinha status de medicinal, sendo até mesmo conhecida como a bebida dos deuses.
Matéria prima do Vinho, a “produção” da uva pelas videiras requer apenas água e sol. A luz solar transforma o dióxido de carbono da atmosfera em açucares, isto é feito nas folhas (a fotossíntese), que transferem este açúcar para o fruto; as raízes contribuem com a água para fazer o suco, minerais e outros elementos em pequenas quantidades.
Na sua forma mais básica, a fabricação do vinho é simples. Após as uvas terem sido espremidas, o levedo (pequeno organismo unicelular que existe naturalmente na vinha e, conseqüentemente, nas uvas) entra em contato com o açúcar do suco da uva e, gradualmente, converte esse açúcar em álcool. CO 2 também é produzido neste processo exotérmico. Quando o levedo conclui seu trabalho, o suco de uva vira vinho. Quanto mais maduras e doces forem as uvas, maior será o teor alcoólico no vinho. Todo este processo é chamado de fermentação. Após a fermentação, o vinho pode (ou não) ser deixado maturar.
Esta é a etapa na qual o vinho “reúne suas forças”. A fermentação pode durar três dias ou três semanas, e o vinho pode maturar por dois meses, ou dois anos. O tempo dependerá da uva utilizada no processo e do vinho a ser obtido.
Fonte: https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/613189/a-quimica-do-vinho