Hepatite tóxica.
A hepatite tóxica é uma inflamação do fígado causada quando este órgão apresenta um dano promovido por agentes tóxicos, medicamentos utilizados contra diversas outras doenças; ou substâncias que são ingeridas como, por exemplo, toxinas encontradas em cogumelos, inaladas ou até mesmo administradas por via parentérica (via injetável) (MATOS e MARTINS, 2005; MAYO CLINIC, 2008).
Entre essas substâncias promotoras de hepatite, existem ainda agentes químicos industriais, alcalóides vegetais e microtoxinas naturais (MEDCURSO, 2004). Além disso, proliferação das chamadas medicinas alternativas e o uso cada vez mais freqüente de produtos naturais podem também apresentar danos ao sistema hepático (MATOS e MARTINS, 2005).
Desta forma, entre as hepatites tóxicas encontram-se as hepatites medicamentosas, causadas por drogas ilícitas e outras toxinas (MATOS e MARTINS, 2005)
As hepatites tóxicas são consideradas uma causa frequente de falência hepática aguda com até 25% dos casos (MATOS e MARTINS, 2005).
Em alguns casos, a hepatite tóxica se desenvolve logo após algumas horas ou mesmo alguns dias da exposição à toxina (MAYO CLINIC, 2008). Existem casos, no entanto, em que o indivíduo levará meses de uso regular de determinada toxina, droga ou medicamento para desenvolver a hepatite tóxica (MAYO CLINIC, 2008). Embora, seja comum o fato de que quando se interrompe a exposição a essas substâncias, os sintomas da hepatite tóxica tendem a desaparecer (MAYO CLINIC, 2008).
Mas, existe ainda a possibilidade do dano ao fígado ser irreversível acarretando no desenvolvimento da cicatrização grave do fígado e alguns casos de falhas do fígado (MAYO CLINIC, 2008).
As formas leves da hepatite tóxica ou podem não ser detectadas, apresentando-se assintomáticas ou apenas através da aplicação de testes sanguíneos específicos como a detecção de valores de ALT maiores que os normais para hepatotoxicidade promovida por drogas (MAYO CLINIC, 2008; FILIPPIN et al., 2004).