Cristalografia
Os cristais podem ser encontrados em toda a natureza. Eles são particularmente abundantes
em formações rochosas como os minerais (pedras preciosas, grafite etc), mas também
podem ser encontrados em outros lugares, sendo exemplos os flocos de neve, gelo e grãos
de sal. Desde os tempos antigos, os estudiosos têm ficado intrigados com a beleza dos
cristais, a sua forma simétrica e variedade de cores. Os cristalógrafos usaram a geometria
para estudar a forma de cristais no mundo natural.
No início do século 20, percebeu-se que os raios-X poderiam ser usados para "ver" a
estrutura da matéria de forma não invasiva. Isto marca o alvorecer da moderna cristalografia.
Os raios-X foram descobertos em 1895. Eles são feixes de luz que não são visíveis ao olho
humano. Quando os raios-X atingem um objeto, átomos do objeto espalham-se.
Cristalógrafos descobriram que os cristais, devido ao seu arranjo regular de átomos,
dispersam os raios em apenas algumas direções específicas. Ao medir essas direções e a
intensidade dos feixes espalhados, cientistas foram capazes de produzir uma imagem
tridimensional da estrutura atômica do cristal. Cristais foram escolhidos como materiais ideais
para estudar a estrutura da matéria em nível atômico ou molecular, por conta de três
características comuns: são sólidos, tridimensionais e construídos a partir de arranjos dos
átomos regulares e frequentemente simétricos.
Graças à cristalografia de raios-X, os cientistas podem estudar as ligações químicas que
atraem um átomo para outro.
Na imagem podemos observar a Estrutura superficial do enterovírus bovino.
Fonte: "Cristalografia e aplicações:
no íntimo da matéria. Ano Internacional da Cristalografia 2014"