Contexto
As sacolinhas de plástico são materiais poliméricos e são parte integrativa da nossa vida cotidiana em geral, já pensou ir a padaria comprar o nosso pão para o café da manhã e as mesmas não existissem ou até mesmo ir ao supermercado e imaginar como trazer as compras??!
Ruim seria né?! contudo existe uma séria problemática atrelada a essa necessidade, que é a utilização descontrolada desse tipo de material polimérico, que dentre vários da sua classe demoram milhares de anos para se decompor naturalmente no meio ambiente e causando sérios impactos ambientais e sociais.
Sacolinhas plásticas
As sacolas plásticas podem ser:
• Comuns, de polietileno de baixa densidade
Feitas de matéria-prima derivada do petróleo.
Segundo o especialista professor da Universidade Estadual de Campinas Marco-Aurelio
De Paoli, esse tipo de sacolinha, quando exposta ao meio ambiente (luz, calor e umidade),
sofre degradação em cerca de dez anos.
Sabemos, porém, que essas condições não se
verificam nos lixões, aterros sanitários e
ocea nos (os destinos mais comuns).
• Feitas de “polietileno verde”
Feitas de matéria-prima derivada da cana-de-
-açúcar. O polietileno assim obtido é idêntico
ao que é obtido a partir do petróleo.
• Biodegradável
É um tipo de plástico que serve de nutriente
para microrganismos (bactérias ou fungos)
existentes no meio ambiente. Pode ser feito
de milho, mandioca ou bagaço de cana-de-
-açúcar.
Para que a biodegradação ocorra (entre 90 e
180 dias) é necessário que haja condições para a proliferação desses microrganismos, como: temperatura, pH, umidade e presença de
oxigênio. Novamente, isso não ocorre em lixões e aterros sanitários.
• Com carga biodegradável
São sacolinhas de polietileno que contêm em
sua formulação uma “carga” de componente
biodegradável como, por exemplo, o amido.
Somente o componente biodegradável sofre
a ação dos microrganismos. De qualquer forma, a quantidade do componente não degradável nessas sacolas é menor.
• Compostável
São sacolas feitas de um tipo de plástico que
se degrada quando enterrado em determinadas condições de temperatura e umidade.
Por exemplo: termoplásticos de amido (TPS),
poliácido láctico (PHA), poli-hidroxibutirato
(PHB) ou, até mesmo, poliésteres sintéticos
específicos feitos de petróleo bruto ou de
gás natural.
Assim, sacolas compostáveis não são necessariamente biodegradáveis.
• Oxibiodegradável
Plástico que contém um catalisador D2W, feito de um composto de metal de transição que
acelera o processo de degradação do plástico,
reduzindo-o a pequenos fragmentos.
O plástico oxibiodegradável é compostável,
mas não é biodegradável (os fragmentos não
são nutrientes para microrganismos).
Além disso, causa contaminação pelos resíduos
do metal de transição.
“‘Ao propor a substituição das sacolas convencionais pelas biodegradáveis, a lei gera no
imaginário das pessoas a falsa ideia de que as
novas embalagens poderiam ser descartadas
sem qualquer dano ao meio ambiente, o que não
é verdade. Essas embalagens supostamente
biodegradáveis são plásticos oxidegradáveis ou
fragmentáveis, que recebem aditivos químicos
para acelerar o processo de degradação’, afirma
Roberto [Fernando de Souza Freitas].
De acordo com [ele, que é] o coordenador do
Grupo de Pesquisa em Géis e Polímeros da
UFMG, a degradação química promove uma poluição invisível, com a quebra dos sacos plásticos em milhares de pequenas moléculas que
não desaparecerão na natureza. ‘Elas se transformarão em resíduos, em pó, e vão parar em
leitos de rio, cursos d’água e permanecerão no
solo. Com isso, esses resíduos de plásticos quimicamente tratados podem ser incorporados à
nossa dieta e na dos animais. Do ponto de vista
ambiental, é uma catástrofe’, diz o professor.”
Referência:
Fonseca, Martha Reis Marques da. Química : ensino médio / Martha Reis.Vol. 3. 2ª. ed. -- São Paulo : Ática, 2016.