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Contexto

A pandemia de coronavírus impôs grandes desafios à educação brasileira e no resto do mundo. Para a continuidade das atividades de forma remota, em meio às mudanças do novo normal, as escolas tiveram que adotar novos caminhos e decidir as prioridades sobre o que permanecer ou não nas aulas on-line. Nesse contexto, a dúvida de grande parte das escolas é se há a possibilidade de manter o desenvolvimento da educação bilíngue de forma contínua, com exposição diária ao idioma.

Mesmo com a continuação do desenvolvimento da educação bilíngue, a transferência exata do modelo presencial para o modelo remoto pode gerar frustração para professores, gestores, alunos e famílias. “Não é possível, simplesmente, persistir na prática pedagógica com foco no ensino tradicional. As instituições precisam transformar as experiências dos alunos, pautadas pelo fortalecimento da aprendizagem. Há muitos caminhos possíveis e muitas oportunidades”, afirma Selma Almeida.

As novas plataformas promovem diversas possibilidades de interação para potencializar a aprendizagem e o letramento digital dos alunos, exigido pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Com a tecnologia, temos desde a produção de novos gêneros discursivos, criação de blogs, vlogs, podcasts e até mesmo a possibilidade de novas interações sociais por meio das redes sociais, finaliza.

https://blog.highfiveschool.com.br/como-manter-a-educacao-bilingue-em-te...

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Que tipo de dificuldades você enfrentou com as aulas remotas ou híbridas?

A maior dificuldade que identifiquei foi com os alunos remotos que apresentaram nível de aprendizado inferior ao de alunos no presencial (no modelo híbrido). Os alunos remotos dependem dos familiares, olham para eles o tempo todo e recebem a resposta pronta ou uma tradução de tudo que é falado pelo teacher. Quando os alunos remotos, comparecem em sala, devido a escala de rotatividade, percebe-se a dificuldade comparada com alunos que estavam no presencial.

Os alunos da Educação Infantil dependem de um adulto para acessar uma aula online tanto quanto permanecer na mesma ativamente. A concentração limitada de uma pequena criança em frente ao computador ainda que o professor seja muito criativo e atraia a atenção das crianças esta não permanece muito mais tempo. Ainda a falta do manuseio das atividades por parte do aluno, o aplicativo zoom não permitia que a própria criança movimentasse o mouse para indicar suas respostas em uma atividade. Já nas aulas híbridas, a atenção do professor e a elaboração de atividades que contemplem os dois grupo fica limitada, limitada a sala de aula limitada a interação, limitada o tipo de brincadeira.

As aulas híbridas limitam as atividades práticas. Aulas extraclasses, com vivências e experiências em que as crianças podem participar olhando de perto, tocando e interagindo fisicamente com os outros colegas fazem falta, principalmente nessa faixa etária. Prender a atenção das crianças em frente a tela do computador também tem sido um grande desafio. Se cansam rápido e mantê-los motivados grande parte do tempo durante as aulas não tem sido fácil. Outra grande dificuldade é a organização e separação dos materiais necessários para as aulas. Os alunos da educação infantil, principalmente, precisam de um adulto por perto para auxiliá-los. E em muitas vezes, durante esse período, tivemos pais ocupados e também trabalhando em casa.

A primeira dificuldade foi criar uma aula dinâmica para que os alunos pudesse interagir comigo e eu com eles. E depois foi trabalhar totalmente online e com muita frustação que estava no início pois não sabia por onde andar. Não ter o total controle da aula para que os alunos pudessem aprender melhor. Lidar com os pais para compreender qual o objetivo estava querendo alcançar para com os alunos na aula.

Dar a devida atenção ao aluno presencial e online ao mesmo tempo foi uma das dificuldades, a outra foi a falta de confiabilidade dos pais à metodologia sem o uso do português bem como a interferência deles no decorrer da aula.

Senti dificuldade em ter ideias para criar atividades práticas a serem feitas mesmo à distância. Muitos alunos também deixaram de comparecer as aulas, ou estavam online com câmeras e áudios desligados, sem interagir. Outro desafio foi a presença dos pais na aula, que muitas vezes interferiam.

Realmente não foi fácil... a maior dificuldade nas aulas online foi ter a interação dos alunos... as aulas precisavam ser divertidas onde o aluno se envolvesse de uma forma que realmente entendesse o conteúdo... A falta de controle 100% da sala também foi um desafio...

No começo enfrentei muitas dificuldades pois estava apenas com vídeo aulas, depois ao migrar para a plataforma online ao vivo, muito melhorou na interação, contudo novas dificuldades e desafios se tornaram presentes, pois a atenção dos alunos é muito diferente do modelo presencial.

Eu dei aula para alunos do fund 2. Com eles, a maior dificuldade era conseguir interação. Eu não tinha recursos nem suporte de nenhum tipo para conseguir com que eles ligassem e/ou mantêssem as câmeras ligadas. Apenas esse fato já afetou muito a questão da interação, do diálogo e, consequentemente, do desenvolvimento. Em segundo lugar, a falta de assiduidade dos alunos afetou muito o aprendizado deles. Como o sistema bilíngue da minha escola é optativo e não exige presença, muito menos nota ou performance, a maioria dos alunos responde de forma descompromissada. Os poucos alunos que (1) mantinham a câmera ligada e/ou participavam e dialogavam durante as aulas e (2) enxergavam o bilíngue como uma responsabilidade e estavam presentes em todas ou na maioria das aulas tiveram um desenvolvimento muito superior em relação aos outros.

No início das aulas remotas, a maior dificuldade foi aprender a gravas as aulas e tornar a aprendizagem divertida com os recursos que os alunos tinham em casa. A falta de contato direto também fez com que a avaliação ou interação prejudicasse a aprendizagem, pois não sabíamos se estavam fazendo o que era proposto ou não. Ao entrarmos no modelo on-line já melhorou pois tínhamos a participação dos alunos e conseguia ver e interagir com eles, mas outras situações aconteceram como pais atrapalhando ou crianças brincando com outras coisas e assim precisamos adequar o planejamento para atender as novas necessidades. Aprender a usar jogos e outros recursos tecnológicos para a cada faixa etária também foi um desafio.