Antibiótico sem receita, de jeito nenhum
Uma das medidas para frear a resistência microbiana é racionalizar o uso de antibióticos e evitar tratamentos errados ou incompletos. Por isso, a receita especial em duas vias é obrigatória para a compra desse tipo de medicamento no Brasil desde 2010. O objetivo é fazer com que o paciente só utilize antibióticos após uma avaliação profissional que defina o tipo e a duração necessários. Como qualquer medicamento, os antibióticos só podem ser prescritos por médicos, dentistas e veterinários. Além disso, quando as receitas fazem parte de programas estabelecidos pelo Ministério da Saúde, como os programas de Tuberculose e Hanseníase, os medicamentos também podem ser prescritos por enfermeiros.
O uso incorreto de medicamentos traz outro prejuízo aos pacientes que, sem uma cura completa, poderão voltar a adoecer de forma mais grave no futuro. Esse problema ocorre, por exemplo, quando o paciente não faz o tratamento completo, tomando todas as doses prescritas.
No Brasil, a venda de antibióticos é acompanhada via internet pela Anvisa e pelas vigilâncias sanitárias de estados e municípios. Semanalmente as farmácias informam pelo sistema SNGPC todas as aquisições e vendas de antibióticos.
O problema é mundial, dados de pesquisas mostram que entre os anos 2000 e 2010 o consumo de antibióticos no mundo aumentou 36%.
Além do monitoramento das vendas, a Anvisa também acompanha a qualidade dos antibióticos, por meio de avaliação em laboratório e define limites para a presença de resíduos de medicamentos veterinários em alimentos.
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