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O Gato

Paradoxo da ciência

Para entender o que o cientista propôs com o experimento com o gato é necessária muita imaginação, já que é apontado como um paradoxo da ciência. A ideia sugerida pelo austríaco em 1935, segundo explica o professor titular do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Unicamp (IMECC), Marcelo Terra Cunha, é a de se colocar um gato em um ambiente isolado, com um detector de radiação,“onde há um frasco de veneno e um martelo, que está acoplado a um dispositivo capaz de romper tal frasco, caso aconteça a emissão de um fóton [partícula elementar] por um átomo cuidadosamente guardado”. 

Assim, com tal cenário, o observador não sabe se o gato estaria vivo ou morto lá dentro. Afinal, como existem duas possibilidades desconhecidas  – o rompimento ou não do frasco venenoso – seria normal tentar encaixar o estado do animal em dois cenários, seja de vida ou de morte.

Entretanto, o objetivo do físico ao propor tal experimento era, justamente, apontar que é preciso ter “mais cuidado na utilização da ideia de que a Teoria Quântica poderia ser aplicada universalmente”, como expõe Terra Cunha. 

Isso tudo porque, ao abrir a caixa para descobrir o que de fato aconteceu com o felino, estaríamos interferindo em todo o processo executado pelas partículas subatômicas. Logo, o gato poderia estar vivo e morto ao mesmo tempo , sem que nunca ficássemos sabendo, na chamada superposição quântica, em que dois estados poderiam coexistir .

Maluco? Pode parecer, mas a intenção de Schrödinger fica clara: as leis da Mecânica Quântica dizem respeito às partículas estudadas, e o chamado “mundo macroscópico”, formado por tudo o que é visto a olho nu, não pode ser explicado por meio das leis específicas dessa área da Física.

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Minicasos do caso: Modelo atômico de Schrödinger