Salgueiro-branco
Não se sabe ao certo quando terá a humanidade descoberto as maravilhosas propriedades da casca de salgueiro (alguns documentos apontam para 5.000 anos), mas um dos mais antigos documentos médicos – “Eber Papyrus” – já lhe fazia referência. Esta compilação de textos médicos, datada de cerca de 1550 A.C., continha ainda “700 fórmulas mágicas e remédios populares destinadas a curar males que iam de mordidas de crocodilo a dores na unha do pé e a livrar a casa de pragas como moscas, ratazanas e escorpiões”, como pode ler-se na Encyclopaedia Britannica.
Há ainda registos do uso do salgueiro na Suméria, Babilónia, Grécia e Roma antiga. Com uma distribuição tão ampla das variedades de salgueiro, é provável que a casca do salgueiro ou as suas folhas fossem moídas e misturadas com um líquido para serem usadas como analgésico ou anti-inflamatório.
As propriedades da casca do salgueiro-branco (Salix alba) não passaram despercebidas ao grego Hipócrates (460-370 A.C.), o pai da Medicina, que a recomendava às mulheres durante o parto para o alívio da dor. Mais tarde, em 30 D.C., era o médico romano Celsus que usava extratos da folha do salgueiro para tratar a inflamação.